Quais são os tipos de diabetes?

Quando pensamos no diabetes mellitus (DM), lembramos logo dos dois tipos mais falados: o diabetes mellitus tipo 1 (DM1), que são as pessoas que dependem da insulina para o controle da glicose, e o diabetes mellitus tipo 2 (DM2), que são as utilizam medicamentos para esse controle, mas também existem outros tipos como diabetes mellitus gestacional (DMG), desenvolvido na gestação, e outros.

Qual a diferença do Diabetes tipo 1 e  Diabetes tipo 2?
O DM1 é uma doença autoimune, onde as células beta-pancreáticas, lá no pâncreas, não produzem o hormônio insulina, que é o responsável pela captação de glicose da corrente sanguínea levando-a para o interior da célula para formar energia, e normalmente esse tipo de DM é descoberto nos primeiros anos de vida e necessita que o portador faça utilização de insulina injetável.                       Já o DM2 pode ser desenvolvido se o estilo de vida não for saudável, ou seja, se houver um consumo alimentar inadequado, sedentarismo, excesso de peso, estresse e o tratamento  medicamentoso desse tipo de diabetes é a utilização de medicamentos antidiabéticos por via oral. Os diagnósticos e tratamentos medicamentosos são sempre realizados por um endocrinologista em ambos os casos.

Quais são os fatores importantes para auxiliar no tratamento e prevenção do
Diabetes ?

De uma forma geral, o controle e tratamento não só do diabetes, mas de outras patologias, é ter uma alimentação equilibrada, variada e colorida, a base de frutas, verduras, legumes, cereais, leguminosas e sementes, que são as famosas comidas de verdade. Mas, além disso, é importante a prática de atividade física, manejo do estresse e uma boa qualidade de sono através da mudança de estilo de vida.

Quais alimentos auxiliam nessa prevenção e tratamento?
Gosto muito de frisar que a alimentação deve ter sempre como base a comida de verdade independente de termos alguma patologia já instalada ou não. Mas pensando em algumas estratégias específicas para o diabetes, destaco a  importância das fibras, dos carboidratos de baixa carga glicêmica e o conhecimento da porção dos alimentos.
As fibras são capazes de modular a resposta da glicose na corrente sanguínea, evitando os picos, e as encontramos nas verduras, frutas, legumes, farelo de aveia, psyllium, semente de linhaça, semente de chia, semente de abóbora,semente de girassol, farelo de trigo, entre outros alimentos.
Já os carboidratos de baixa carga glicêmica são aqueles alimentos que não geram muito impacto da glicose na corrente sanguínea, sempre levando em consideração a porção do alimento, e são eles: frutas vermelhas, ameixa, abacaxi, acerola, caju, maracujá, kiwi, abacate, pêssego, coco, aipim, cará, inhame, cenoura, batata baroa , leguminosas, arroz integral, entre outros.

E no que se refere às porções dos alimentos é fundamental entendermos sobre as quantidades ideais de consumo de cada grupo alimentar, sempre de forma individualizada, mas de uma forma geral e como orientação, gosto de utilizar as mãos como um norte do equivalente a 1 porção de cada grupo.
Por exemplo:
Carnes: Toda a palma da sua mão, sem contar os seus dedos.
Queijos e doces: A fatia deve ser equivalente a um dedo indicador.
Cereais, legumes, leguminosas: Um punho fechado.
Nozes e castanhas: Palma da mão em formato de concha
Óleos e manteiga: Ponta do dedo indicador.
Vegetais: Duas palmas da mão abertas e juntas.
Frutas pequenas: Palma da mão.

Os produtos diet e zero são as melhores opções para esse público?
Muitos pensam que pacientes diabéticos devem ter esses produtos na rotina alimentar, mas, como já vimos anteriormente, a base alimentar deve ser sempre a comida de verdade e não os produtos industrializados. Um alerta que gosto sempre de fazer a respeito desses produtos é: nem sempre um alimento diet é ausente de açúcar, ele pode ser diet (ausente) de gordura ou sal, por exemplo, e, nem sempre o alimento zero adição de açúcares possui adoçantes interessantes, muitos são acrescidos de adoçantes artificiais como acessulfame K , aspartame , ciclamato, sacarina, sucralose, fora a imensa lista de corantes e estabilizantes que aparecem na lista de ingredientes. Por isso, para verificar se o produto diet ou zero é uma boa escolha para determinado momento, devemos sempre analisar a lista de ingredientes, pois lá sabemos muito sobre a “essência” daquele produto.
Quanto menor a lista, mais “puro” é aquele produto.
E claro, se você puder, prefira fazer as suas versões zero adição de açúcares em casa, mas, se a sua rotina não permitir, leia muito bem o rótulo desses produtos, e tenha o consumo bem pontual.

Jéssika Seixas
Nutricionista
CRN 15100357
@jessika.seixas_nutri